Nossas mãos, através da evolução motora de nossa espécie, representa transformação, apropriação do conhecimento através do fazer.

Quantas coisas incríveis o homem consegue e conseguiu realizar com suas mãos. Dotadas de muitas fibras nervosas motoras e sensitivas a mão humana é única como espécie. O grande marco da civilização se deu quando o homem primitivo alcançou a postura bípede e liberou as mãos para criar.

As mãos de um bebê e de uma criança se tornam ferramentas de desenvolvimento psíquico e cognitivo. E nossa missão terapêutica  ocorre em um trabalho feito por muitas mãos, mãos dos nossos pequenos que aprendem, que se descobrem, se desenvolvem, que crescem e se transformam. E as mãos dos adultos que amparam, estimulam, que erguem e que acalentam. 

“As mãos são dois livros abertos, não pelas razões, supostas ou autênticas, da quiromancia, com as suas linhas do coração e da vida, da vida, meus senhores, ouviram bem, da vida, mas porque falam quando se abrem ou se fecham, quando acariciam ou golpeiam, quando enxugam uma lágrima ou disfarçam um sorriso, quando se pousam sobre um ombro ou acenam um adeus, quando trabalham, quando estão quietas, quando dormem, quando despertam.”

― José Saramago